América 2010


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03/01/2010

Bolívia

Hoje, sem dúvidas, foi o dia mais emocionante de nossa viagem... De todos os passeios que fizemos, esse começou mais cedo, às 7:00. 10 minutos antes disso, Alexandre e sua tropa (Alba, Rosa e Alexandre II - a missão) já estavam no nosso hotel, conforme combinamos com a agência de turismo. Fomos todos numa van que mal cabiam nossas pernas. No total éramos 12, pois além do nosso grupo de 7, ainda participaram do passeio 2 inglesas, 2 guias e o motorista.
A neblina era densa quando chegamos a La Cumbre, a 4.100 m.s.n.m. para a primeira etapa da aventura: pedalar por 21km de asfalto, em meio a curvas fechadas e numa velocidade incrível devido à inclinação da descida.
A visibilidade era péssima e o zumbido em nossos ouvidos pareciam fantasmas e demônios se lamentando. O frio passando pelos nossos rostos e congelando nossas mãos era só mais um obstáculo, mas nada ia nos impedir de concluir a aventura!
Concluída essa parte inicial, paramos num quiosque de beira de estrada para tomarmos o café da manhã. E foi nesse momento que começou a chover. Durante os preparativos para a viagem, li que durante o período de chuva a descida de bike até Coroico era interditada devido ao perigo, mas seguimos em frente e depois de um pequeno trecho de van, chegamos à estrada mais perigosa do mundo. Segundo nosso guia, "apenas" 14 turistas morreram caindo de bicicleta nos precipícios. As maiores vítimas da estrada são veículos e caminhões.
A estrada agora é toda de terra e cheia de pedras. Repleta de curvas fechadas, se alguém perde o controle da bicicleta inevitavelmente cai para a morte. A distância agora é maior, 46km, e a chuva batendo no rosto dificulta ainda mais o trajeto (isso sem contar a lama respingando nos olhos e na boca).
Na parte inicial e mais perigosa, fiz num ritmo mais lento, sempre ao lado de Gabriel. A vista é maravilhosa, passando por cachoeiras e muita natureza.

Mais ou menos na metade do percurso fizemos uma nova parada para um lanche e seguimos para a segunda etapa. Agora a estrada era mais larga e conseguimos aumentar a velocidade!
Ao final do trajeto, estávamos tão cansado que nem olhei em quanto tempo concluímos a aventura... Mas o que importa é que chegamos todos bem e, depois de limparmos a lama do rosto, fomos de van até um hotel para o merecido descanso...
Nadamos na piscina (aliás, abençoada piscina para relaxarmos), tomamos uma ducha, almoçamos e por volta de 15:30 estávamos na van para retornar a La Paz. No final do dia todos estavam muito doloridos e cansados (Gabriel e Charlimar dormiram durante quase todo o retorno), mas felizes!
Agora é tomar uma overdose de dorflex e nos prepararmos para amanhã, quando iremos enfrentar a maior altitude da viagem!


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